Inatel Piódão Ultra Trail

Começando pelo fim, numa prova que deveria ter tido 50 km, cheguei ao segundo abastecimento e decidi virar para o caminho cuja seta indicava 25 km. Ou seja, fui DNF da prova para a qual me tinha inscrito e preparado. Passei a meta com 5% de desalento pela desistência e 95% de alívio pela decisão tomada.

O que aconteceu? Naquele dia, simplesmente não me apeteceu fazer a prova. Desde a linha de partida que não tinha vontade de correr. Estava bem fisicamente. Não estava preocupada com tempos de corte, com falta de condições materiais ou qualquer outra coisa directamente relacionada com a prova. Mas a minha cabeça nunca chegou a estar na Serra do Açor. Estava sei lá onde a tentar resolver muitas coisas que careciam de arrumação. E não havendo vontade, numa prova onde não fui “provar” nada, não há como correr para além de determinado ponto. Se não tivesse tido a possibilidade de apanhar o percurso dos 25 km, provavelmente teria desistido. Em retrospectiva, continuo a achar que fiz bem. Não significa que queira repetir a experiência. Tenho de ir para as provas com ganas de começar e de acabar, como aconteceu em S. Mamede. Claro que não vou mudar-me para a Lalalândia e deixar de ter problemas pessoais mas as provas não são a altura para ruminar nessas pastagens. É para isso que servem os treinos de séries.

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